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CARTOGRAFIA GERAL DOS SOLOS DE PORTUGAL (CGSP)

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Portugal não dispõe de uma cobertura completa de informação cartográfica e temática de solos a uma escala que se possa considerar adequada às necessidades de gestão ambiental.

Embora existam várias fontes de informação (além da variada cartografia de solos publicada), a mesma é muitas vezes inconsistente e insuficiente para os diferentes utilizadores, bem como para uma abordagem global e uniforme da problemática associada à governança dos solos no âmbito, entre outras, das políticas ambientais. Além disso, apresenta deficiências ou lacunas de caracterização e de classificação (em parte resultantes da evolução contínua dos conhecimentos sobre o recurso solo) que importa ultrapassar.

Apesar da aquisição de nova informação e de novos conhecimentos, a atual Carta Geral dos Solos do País na escala 1:1000 000 – única ferramenta de suporte de ações de sensibilização, de ordenamento do território, de cartografia temática de âmbito nacional e de disponibilização de informação para a síntese cartográfica à escala da UE e global - apresenta-se inadequada e em contraste com o que sucede em relação a outra cartografia temática de base relevante para a gestão integrada do território.

A atualização da Carta Geral dos Solos de Portugal (CGSP) é uma oportunidade decisiva para unificar o sistema de classificação (e de comunicação) e respectivas metodologias, organizar informação e as diferentes bases de dados gerais e temáticas, ultrapassar e colmatar deficiências de caracterização, melhorar e reorganizar a cartografia existente, estimular a utilização de novas tecnologias e adequar a informação a um melhor apoio ao ordenamento do território, à prevenção da degradação do solo e à gestão e conservação dos recursos naturais.

As novas tecnologias disponíveis, baseadas nas capacidades de inovação tecnológica, nos mecanismos de transferência de informação e de conhecimento, constituem pontos fortes, tais como são as potencialidades dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) e a informação obtida e disponibilizada pelas diferentes plataformas de Deteção Remota (DR), bem como de outras tecnologias, potencialmente utilizáveis - desde o Reconhecimento de Padrões (RP) à Inteligência Artificial (IA) e à Lógica Difusa (LD), possibilitam a cartografia e a distribuição geográfica dos tipos e propriedades das unidades de solos de uma forma mais económica, consistente e flexível, baseando-se em características da paisagem.

Prevê-se que a CGSP seja elaborada e estruturada a uma escala de pelo menos 1:500 000, como sucede com a informação geológica, de modo a sintetizar, sistematizar e uniformizar o conhecimento adquirido mais recentemente sobre a distribuição e a natureza do recurso-solo a nível nacional, constituindo uma ferramenta de transferência de informação à escala do País, da UE e global.

A elaboração desta carta implica forçosamente também a organização de um Atlas dos Solos de Portugal (ASP) que inclui necessariamente a especificação das características das diversas unidades de solos identificadas nas diferentes unidades cartográficas representativas das várias regiões do País, as quais incluem a respetiva localização e enquadramento paisagístico, bem como a descrição morfológica detalhada e a informação analítica física, química e mineralógica que consubstancie a respetiva classificação até ao segundo nível da World Reference Base for Soil Resources (WRB, 2006, 2014), devendo possibilitar, tanto quanto possível, a correspondência com a Soil Taxonomy(2014). Este Atlas deve ser entendido como uma das infra-estruturas do Sistema Nacional de Informação de Solos, que possa servir de apoio à decisão na gestão de riscos, na utilização sustentada dos recursos da terra e dos recursos naturais, na aplicação de indicadores de controlo e de acompanhamento de medidas e programas, bem como um elemento catalizador para o aumento do investimento na gestão sustentável do solo.

O Painel Técnico Científico da Parceria Portuguesa para o Solo deu o seu aval a esta proposta e a DGADR decidiu lançar e apoiar a implementação deste projeto que se assume de grande relevância para o País, o qual se encontra em desenvolvimento.

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