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Projeto “4 pour 1000” do INRA : e se a solução climática passar pelos solos? O sequestro de carbono pela biomassa nos solos para lutar contra as Alterações Climáticas

LE 4 pour 100Por ocasião da 3ª conferência científica internacional sobre agricultura face às alterações climáticas, Stéphane le FOLL anunciou em 17 de Março de 2015, em Montpellier, o projeto de investigação internacional“4 para 1000”. Ainda pouco conhecido, o conceito de “4 para 1000“ foi proposto pelos investigadores do INRA com o objetivo duplo de restaurar a fertilidade e simultaneamente aprisionar nos solos os gases com efeito de estufa.

 O projeto baseia-se no princípio de que os solos constituem a nível mundial a primeira reserva em carbono biológico, excluindo os oceanos e as rochas sedimentares. Considera que o aumento da matéria orgânica dos solos agrícolas, de 4g por 1000 gr de carbono armazenado no solo agrícola, será capaz de compensar o conjunto das emissões anuais de gases com efeito de estufa produzidos no planeta. Por outro lado, o aumento de matéria orgânica nos solos será igualmente benéfica em termos de biodiversidade e de capacidade de retenção de água nos solos. 

A agricultura e a silvicultura terão uma contribuição fundamental no amortecimento climático mundial, via armazenamento do carbono.
Para aumentar o armazenamento de carbono nos solos agrícolas, os investigadores preconizam nomeadamente a melhoria das técnicas de fertilização, a cobertura permanente dos solos, a produção agroflorestal. Recensear e transmitir todas as técnicas que permitam o sequestro do carbono pelos solos obriga a uma mobilização do conjunto dos atores envolvidos, sendo este o objetivo do projeto “4 para 1000”.
O programa envolverá o INRA, o CIRAD (Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique , a Universidade de Colombia (EUA), a Universidade de Wageningen (Holanda) e outras instituições de investigação na Dinamarca e na África do Sul. Este projeto, na sua vertente de interface entre alterações climáticas e segurança alimentar, deverá articular-se em França, na EU e a nível internacional, com as diferentes políticas públicas que têm impacto na agricultura e na floresta (política fundiária, agrícola, energética, etc.).
No âmbito da 21ª. Conferência sobre Alterações climáticas, Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alteração Climática “COP21 de Paris” em novembro de 2015, será endereçado o convite para que este programa de investigação possa ter uma contribuição maior na agenda das soluções, como um motor de alteração para a agricultura à escala planetária.

 

 

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